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A mostrar mensagens de janeiro, 2012

Sonho vs Realidade

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Avisto-te ao longe....sempre sem conseguir vislumbrar a tua cara. Estou a correr pelos campos verdes que nos separam, vou a correr para ir ao teu encontro. Ainda estás lá. Entretanto tu, tambem reparas em mim...sorris e começamos ambos a correr. Tu agarras-me eu agarro-te. Abraçamo-nos...,elevas-me...,fazes-me rodopiar em teus braços sempre a beijarmo-nos. Acabamos por cair em cima das ervas, que ainda estão molhadas do orvalho da manhã, ainda agarrados. Beijas-me, dizes-me " Nunca te vou largar, nunca, nunca, nunca. " Eu sorrio e respondo-te " Amo-te ", nada me dizes, apenas beijas-me. Passado um tempo, estou num sitio diferente, no meio de uma estrada deserta. A paisagem faz-me lembrar um deserto árido,  não existe nenhum sinal de vida para além de mim e de ti. Estamos molhados não sei porquê, pareçe que tinhamos passado por chuva. Olho para ti, estás a uns  metros de mim e grito o teu nome. O meu tom de voz arrepia-me, penso... para onde terá

Entardeceu

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  Às vezes quando o dia entardece, fica dificíl esquecer do vazio. Quero dizer que, nós não paramos de viver por causa dele. Nós ainda saimos, rimos, conversamos. As vezes, fazemos coisas ate demais, pra nos distrairmo-nos porque o vazio está lá.... E tem sempre aquele momento em que baixamos a guarda, e o vazio bate-nos á porta....pesa-nos.... E muitas são as vezes que desejamos desaparecer e reaparecer na nossa cama, longe de tudo e de todos. Mas isso nem sempre acontece, muitas vezes o vazio fica lá, dormindo, por um tempo e nós  achamos que ele desapareceu. Achamos que finalmente estamos felizes com o que temos. E tudo parece bem...e está bem... Mas o vazio volta! Sutilmente...ou não! Pode ser uma fisgada no estômago, uma lágrima no canto do olho, um nó na garganta, um pesar de pálpebras... ou uma avalanche destruidora de emoções. E o vazio....novamente está  lá, novamente a gente lembra e recorda o que é conviver com ele.... Diariamente. Constantemente. Existe uma fal

Anjo de Luz

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Não vejo o teu rosto….mas sinto que estás aqui, Passo a mão na silhueta desenhada pela sombra do luar… Vislumbro o cruzar do olhar… Como é importante o olhar… Há um anjo que me embala e me abraça nos dias gelados de luz… Existe em mim tanta descrença e tamanha confiança… E nesse dual sentimento Que parece incoerência Eu me sinto uma criança Inocente e alerta A este sinal que me desperta A querer chegar mais perto Dessa luz que ensaia se mostrar. Abro os olhos um pouco mais Tentando definir o que vejo, Porém é um desejo vão Pois findando a madrugada, Finda-se minha quase visão. Mas eu sei que isso não é sonho Durante o dia me recomponho E com ansiedade espero a noite Para outra vez na sombra da lua Tentar encostar minha mão na tua... Ver teu rosto que ainda não vi. Anjo de luz que me embala E eu sinto e sei que está aqui. Hoje mais uma linda parceria com meu amigo Alcides e suas Palavras Mágicas no fabuloso Abismo Noturno Obrigada meu amigo, pela amizade

Historia XI

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Fim de Festas. Novo Ano. Todos os anos por esta altura Catarina sente sempre uma necessidade de respirar fundo deixar entrar um sopro divino  e....fazer um balanço... A casa esvazia-se....arrumasse os restos das festas,organiza-se tudo novamente e por fim fica a sós consigo mesma. Abre a porta e saí com destino ja marcado. Todos os anos faz o mesmo ritual consigo mesma.Na solidão da serra e no som do silêncio que por lá se escuta. Passa para lá das arvores altas e inclinadas que a convidam a entrar na pequena clareira,onde chega a um pequeno lago.Apanha uma pequena pedra e atira-a á agua.Caminha até a borda,descalça-se e deixa que a agua a  molhe até aos  tornozelos." Está fria...faz-me arrepiar... Ao mesmo tempo a frescura ao banhar-lhe, os pés cansados da jornada que têm vindo a atravessar, á tanto tempo,alivia-a das dores da alma... Sente-se bem disposta. Com um pé atira agua para cima de uma rã que está do outro lado,e dá uma gargalhada ao ouvi-la coaxar e saltar pa

Amâgo

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A demência,quando ataca,tem um modo particular de revelar o âmago da pessoa afectada. Um corpo débil e desorientado,reflecte com dor uma ausênsia perdida. Deitada numa cama habitada,vagueia por outro alguêm. Amando um momento e um lugar,suplica o retorno de um ser,que nela se funde e parte para outro lugar.... Quem sabe...um dia na sua valentia,corta com a agonia.