Instantes

 

 Instantaneamente deixo-me... a vêr a chuva bater nos vidros...deixo-me.... a sentir um dia de frio, cinzento e melancolico.
A serra está coberta de uma neblina densa.Onde hoje não se vislumbra o mar.
Há momentos que gosto, de gostar, de dias assim...
 São momentos que me obrigam a interiorizar e olhar em algum lugar que muitas vezes fica no esquecimento á espera de que alguma coisa aconteça....
Hoje é um dia desses, mas sem querer ter muito tempo para....
 Olho de passagem pois não quero lá ficar por muito tempo, não quero ir para outra dimensão terminando por isolar meu coração por aqueles momentos que se podem tornar horas,dias.,meses....
 Porque quando estou a ouvir o que  está la dentro, fico submergida na maré das emoções, sensações e sentimentos... talvez até sinta alguma raiva e incompreenção.
Fico mais vulnerável,por isso tento ir lá poucas vezes, para tentar que isso não afecte o meu dia a dia...
Para que isso não me faça  tomar decisões que podem estar á muito tempo adormecidas dentro de mim mesma...
 O importante é saber, que lá vou ás vezes, ou mais vezes, das que podería querer... mas que  assim desta maneira sempre saio de lá bem...por mais que o caminho esteja molhado e frio.
Olho para trás e vejo-me a deixar-me ir,ao vêr a chuva bater nos vidros....Instantaneamente....




 

Comentários

Secreta disse…
Podes combater esse "outro lado" se ele te faz mal, podes ultrapassa-lo ou tentar evita-lo...mas, terás de o enfrentar de quando em vez.
Um beijito.
maria teresa disse…
"Sonhei" com as suas palavras...há dias assim mas até sabem bem!
Abracinho meu!
Ou conviver com os dois lados. Parabéns!
ONG ALERTA disse…
Nem sempre podemos escolher...
Beijo Lisette.
Anónimo disse…
Por vezes é-nos dificil lutar contra o nosso outro eu...
Compreendo-te, querida!
Beijinhos doces!
Secreta disse…
Passei para deixar um beijito...
Angel disse…
Lindo!

Feliz Natal!

um anjo
Isa disse…
Há dias assim!
Um abraço apertado!
manuela barroso disse…
Esses dias de ser , estar assim, lembram-me a adolescência em que todas as portas se fechavam nesta imensa clausura. Hoje, aproveito para me ouvir pensar em voz escrita.
Um reflexo que me não é desconhecido!
Por isso adorei este deambular cheio de poesia!
Obrigada pela visita à nossa Rosa Mª
Abraço amigo

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